domingo, janeiro 29, 2006

"Quem vê TV não vê consideração"

O título desse post foi baseado naquele ditado popular, que diz 'quem vê cara, não vê coração'. Ao longo do meu desenvolvimento, você leitor entenderá a analogia que faço entre os dois ditos.

É inegável dizer que hoje em dia a mídia é a grande formadora de opiniões da sociedade. Há outras fontes, mas a televisão é a que mais se destaca entre todas. Programas com o falso intúito de mudar a vida das pessoas são, na verdade, praças de humilhação com ar-condicionado. As vítimas têm suas vidas expostas até à ultima desgraça, e ainda são obrigadas a ouvir desaforos de quem nunca viu na vida.

Os que estão alheios à situação exposta ao ridículo têm sempre uma resposta satisfatória e pronta para a questão. E em 90% dos casos envolve religião, respeito e amor. Mas de onde vem tais respostas??

Simples, caro leitor!! Dos formadores de opinião!! Pessoas passam horas e horas em frente a uma televisão ouvindo o mesmo bla-bla-blo de sempre, ouve a opinião que os outros transmitem, que passa a ser solução universal para os problemas da vida.

Cabe ao sistema de ensino provocar na criança o instinto de poder argumentar sobre os dois lados de um problema. Promover debates sobre armas: é bom?? É ruim?? Por que bom e por que ruim?? Mas e qual é o certo??

Ora, aí ja passamos a uma questão chamada discernimento. A pessoa saber diferenciar o que é bom, o que é ruim, e o porque, de ambos os lados, é a grande máquina que movimenta a evolução intelectual do país.

Fato é, seja através de programas de humilhação ou de telejornais, a opinião chega pronta, e é adotada como verdadeira e universal. É conveniente, tanto que saiu na televisão!!

Pessoalmente, eu temo que a mídia perceba o poderio intelectual que tem em suas mãos. Vender verdades. Quando isso acontecer, estaremos fadados a um rio infindado de pessoas com opiniões mecânicas, inputadas pela mídia.

Nosso país tem só uma saída: fazer com que o sistema de ensino efetivamente ensine a cada um formar sua opinião.

Sem mais

Alexandre Masson

quinta-feira, janeiro 26, 2006

"Reflexo, Reflexão, Reflexivo"

Estou sozinho em casa. Mamis está viajando, e volta só em fevereiro. Devo admitir que melhorei bastante em termos de organização e sobrevivência. Cuidar da casa é um desafio um tanto quanto único, mas divertido.

Os momentos de ócio na casa vazia são preenchidos por uma sessão ininterrupta de reflexões sobre minha vida passada, presente e até futura - em parte. Uma sessão que por vezes me abala, por outras me alegra. No final, apesar de ter perdido no passado, saio vitorioso.

De frente para o espelho, refletindo a imágem de alguém que não pára de pensar, aproveito para 'me dar um tapa com luva de pelica'. Acordar para a vida. Não se pode viver do passado. Deve-se moldar o futuro a partir do presente.

Devem pensar que trata-se de algo torturoso, como um único objetivo masoquista: ferir-me. Eu contesto esse pensamento, e digo: muitas vezes o sofrimento nos leva ao caminho certo da vida. Afinal, como diz o ditado, 'Deus escreve certo por linhas tortas'.

Para mim, não basta viver. Quero ser lembrado, honrado, quero que jamais se esqueçam do Alexandre Masson. Quero viver na mente de cada um que conhece cada canto específico meu.

Ambicioso?? Talvez.

Eu ainda não descobri por que em minha passagem pela Terra eu tenha que sofrer com tamanha dureza. Passar pelo que passei. Sentir-me um eterno usado, um boneco, sem personalidade. É essa minha reflexão que está mudando isso.

O pior cego é aquele que se contraria a ver seus problemas e desafios. Sem enxergá-los, nunca irá atrás da solução. E continuará eternamente cego, sofrendo na mão dos outros.

As vezes acho que esse é um grande problema do brasileiro em geral. Molda-se tudo a seu jeito. Cede-se um pouquinho dos dois lados, e faz com que o problema vire uma bola de neve cada vez maior.

Por fim, uma recomendação: abram os olhos para os problemas. Só assim conseguirás buscar a solução.

Sem mais

Alexandre Masson

domingo, janeiro 01, 2006

"Adeus Ano Velho"

E chega ao fim mais um ano. Hoje é dia 31 de dezembro de 2005, e são exatamente 19:05. Último artigo do ano? Não se minha mente estiver aberta. Passei por um período de acúmulo de idéias e nenhuma escrita.

Menos de cinco horas nos separam de um novo tempo. Fazendo uma auto-retrospectiva, posso dizer que foi um ano marcante. Passei por alegrias irradiantes, por tristezas amargas, por fontes de conhecimento infindáveis em áreas que jamais imaginei. Ora, isso são coisas normais da vida. Mas 2005 foi um ano que aproveitei mais do que outro anterior. Fiz minhas viagens com amigos, me lancei de cabeça na área musical e da escrita, descobri uma nova filosofia de vida compatível comigo. Tive inspiração para quadros que foram pintados só na minha mente, que sairão para a tela no ano que se aproxima. Foi um ano cultural. Conhecimento, inspirações, novas idéias.

Adeus ano velho. Leve contigo todas as tristezas, eu me encarrego de trazer as boas lembranças para o futuro. Feliz ano novo. Espero receber de ti os ingredientes normais de uma vida. Não quero me abster de tristezas, pois elas me farão mais forte. Não quero uma vida fácil, prefiro batalhar. Conseguir tudo com meu mérito. Traga-me bastante conhecimento, minha sede é grande. E se não ficar muito pesado, traga-me mais vida.

Tenho bastante projeto para o ano de logo mais. Aprimorar-me com cursos, ter uma vida social mais ativa, continuar com o fado da escrita e da música, pintar mais, viajar mais. Projetos são sonhos, e eu tenho convicção de que todos os meus para 2006 irão se realizar. Serei um grande estudante e um exímio estagiário em uma boa empresa. Mas a vida não pára. Devo me ater não só aos meus projetos. Devo – acima de tudo – viver.

Nesse momento, estou em uma fase de despedida do ano ainda corrente. A cada letra aqui inserida vejo flashes de lembranças. Convidado pelo meu amigo a passar a virada na Praia Grande, hospedado em um apartamento da família, no oitavo andar. Além do monitor do laptop, observo o mar encoberto por uma neblina densa. Vejo a alma de 2005 sendo lavada pela chuva forte, que espanta os turistas da orla da praia. Vamos começar o próximo ano com a cara limpa. Eu lavo minhas mãos das atitudes que cometi em 2005.

O ano está quase se acabando e com ele, meu artigo. Que o primeiro sol de 2006 lhes seja a luz para a sabedoria, o aprendizado e a preparação para uma nova fase da vida. Desejo a todos um ano de conquista, de mudança da vida. E até o ano que vem.